A Missa com a criação do Vicariato de Barra Mansa e posse do padre José de Arimateia de Souza, da Paróquia Santa Cruz, bairro Vila Nova, em 17 de julho, foi presidida pelo bispo diocesano Dom Luiz Henrique e concelebrada pelo bispo emérito Dom João Maria Messi (OSM) com a participação dos padres e diáconos da cidade, na Matriz de São Sebastião, Diocese de Barra do Piraí Volta Redonda. Dom Luiz conduziu o Rito das promessas do padre Arimateia com a criação do Vicariato de Barra Mansa. Na meditação ao Evangelho, o bispo comentou sobre a Marta e Maria, duas irmãs que receberam Jesus em sua casa, mas Maria parou para ouvir Jesus.
“Em relação às leituras de hoje, do 16º Domingo do Tempo Comum, podemos sintetizar a mensagem principal como o tema do acolhimento. Na primeira leitura Abraão reconhece três pessoas desconhecidas como mensageiros de Deus e inclusive envolve a própria esposa para recebê-los bem. Ele prepara a casa e recebe com dignidade essas pessoas como se estivesse recebendo Deus. Deus começa preparar seu povo com o mistério da Santíssima Trindade. É Deus que visita seu povo. A atitude de acolhimento de Abraão revela sua relação com Deus. Nós temos que ser acolhedores como Abraão, pois quando acolhemos somos acolhidos como na JMJ no Rio de Janeiro em que vieram jovens do mundo inteiro. Somos peregrinos nesta vida e precisamos encontrar pessoas acolhedoras que gastem seu tempo de nos ouvir e nos auxiliar. No Evangelho de hoje, acontece dois tipos de acolhimento: Maria escuta e ouve o Senhor, uma atitude rara. Marta pede para Jesus deixar Maria ajudá-la. Maria escolheu a melhor parte, disse Jesus. Nós não escutamos os outros e queremos impor nosso ponto de vista. Escutar é ter paciência para ouvir o que o outro nos diz e nos ajudar. Procuremos desenvolver o acolhimento como escuta. Na Igreja, a sinodalidade é caminhar juntos. É ser como Maria se colocar aos pés de Cristo e pedir ao Espírito Santo nos ilumine. Será que nossas reuniões são assim? Temos que resgatar a contemplação. Ação e Oração devem acontecer. Sejamos como Marta e Maria: Maria é dimensão orante da Igreja. Marta é a missionária da dimensão social que arregaça as mangas e vai à luta ao encontro dos pobres. Que esse passo que estamos dando com a criação dos Vicariatos Episcopais possa nos favorecer no trabalho e na reza para o crescimento do Reino de Deus. Que possa aproximar cada vez mais para uma Pastoral de Conjunto. O que muda? Algumas tarefas episcopais poderão ser resolvidas com o vigário episcopal o que vai facilitar as atividades do bispo e exercer melhor seu ministério episcopal. Cada cidade tem uma realidade e todos somos uma família. O vigário episcopal faz um serviço compartilhado com o bispo, na comunhão, espírito de serviço e integração. Teremos agora o conselho de governo da diocese. Ele vai acompanhar o desenvolvimento pastoral diocesano”, disse Dom Luiz.
Padre José de Arimateia agradeceu ao bispo diocesano Dom Luiz Henrique pela confiança e ao povo de Deus pela nova missão que a partir de agora terá pela frente;
Vagner Mattos
