História da CEB Santo Expedito, bairro Morro do Cruzeiro
Em maio de 1949, era vigário da Paróquia São Sebastião, Barra Mansa, o padre Alberto Staud (SVD). Com o trabalho incansável dos Missionários Passionistas (Fernando, Gabriel e Mariano) e das irmãs Missionárias de Jesus Crucificado (Olga e Pascoalina), foi lançada a semente de fé e vida de nossas comunidades. Momento inesquecível foi o encerramento dessas Santas Missões: uma verdadeira massa humana (homens e mulheres, crianças, jovens e idosos) subiram o Morro do Cruzeiro (situado no centro de Barra Mansa), em procissão, levando uma grande Cruz. Chegando ao topo, ergueu-se o “cruzeiro”. As luzes se acenderam. Brilhou no alto do morro, o marco da missão, na certeza de que Deus estaria sempre abençoando esta cidade e fortalecendo a fé de todo o povo. Neste tempo, havia apenas, no morro, a casa do Sr Antônio Saúde. A sra Maria Sacchi de Souza, muito conhecida, na Igreja e na cidade, participou dessas missões de 1949.
Início da Comunidade Santo Expedito: A Comunidade foi fundada com o empenho dos padres Adalberto (SVD) e Francisco (SVD) que começaram as reuniões, nas casas com os conhecidos Círculos Bíblicos. O nome de Santa Cruz (como foi conhecida por muito tempo à comunidade), foi escolhido, entre outros, por haver no bairro o “cruzeiro”, marco das missões de 1949. O sr Olavo que era pedreiro da Paróquia São Sebastião, foi o construtor de uma pequenina capela que ficou pronta no final de 1980, porém sem piso, sem emboço e sem pintura. Uma moradora da Rua Janssen de Melo, dona Marisa doou o altar. Em dezembro do mesmo ano, foi marcada a primeira celebração. Surpresa muito triste: ninguém apareceu! Foi preciso um bom trabalho por parte dos padres. Felizmente, no dia 1º de janeiro de 1981, a celebração foi realizada, sendo celebrantes: sr Sebastião e Geraldo, da CEB São Pedro, Cotiara. Aconteceram outras celebrações, também com a participação do sr Paulo Cesar, da Cotiara. No dia 7 de maio de 1981 foi eleito, com o apoio dos padres o primeiro Conselho Comunitário que teve como coordenador Paulo José de Souza (Paulinho). A primeira Missa foi celebrada, no dia 21 de junho de 1981, às 10h30, presidida pelo padre Weslau com grande número de fiéis. A parte social aconteceu nos dias 20 e 21, com grande movimentação na comunidade e redondezas. As ruas foram enfeitadas e um grandioso bingo animou a todos. A presença de visitantes de outras comunidades enriqueceu a “festa”.
Anos 80 e 90: O sr Cornélio Aredes Louzada, foi o primeiro celebrante da comunidade, auxiliado pelo casal: Lurdinha e Paulinho. O primeiro batizado foi realizado no dia 1º de setembro de 1981: Leandro Alves Pereira, filho do Dezinho. Em 1985 a “capelinha” foi reformada com emboço, piso, troca da porta, colocação de janelas e pintura. Em 1987, a constante presença da irmã Eudi, muito ajudou a comunidade, aos quais entre outras atividades, ela incentivava a oração do terço. Neste mesmo ano, a ideia de aumentar a capela era grande. Padre Francisco afirmou que tinha planos de construir no terreno da capela, a casa Paroquial (no pátio da capela) ao tomar conhecimento desse anseio. Entretanto, a casa teve sua obra iniciada no ano seguinte, só que no bairro São Silvestre, na CEB Nossa Senhora da Glória. A ampliação da capela começou em 1988. A visita do bispo diocesano Dom Waldyr foi abençoada, pois ele doou mil lajotas, o que incentivou e animou a todos. A via sacra da CF 1988: Fraternidade e o Negro, saindo da Matriz e encerrando no Morro do Cruzeiro com a participação do padre Franz Helm (SVD) deixou muita saudade. Em 1990, a irmã Neli colaborou bastante com a comunidade, bem como as irmãs Franciscanas de Nossa Senhora do Amparo: Francisca e Maria José que atuaram na catequese. A Pastoral do Batismo teve como liderança a saudosa dona Alice Figueiredo. Ficou na história a inesquecível Gincana de 1990. Em 1981, a obra de duplicação da capela já estava adiantada: Pe Francisco ajudou muito na parte financeira e na animação pastoral e ao se despedir da Paróquia, ainda deixou um cheque para pagamento dos vidros das janelas e das portas. Em 1992, o sr Élcio Marcolino com apoio de outras pessoas, decorou artisticamente as paredes do altar e as externas com a colocação de pedras de ardósia. No dia 15 de maio de 1999, a Comunidade Santa Cruz se reuniu, na Festa da Ascensão do Senhor para celebrar 50 anos do “Cruzeiro” e render graças a Deus pela fé, união e partilha, ao longo da caminhada. Na oportunidade estavam presentes muitos visitantes, inclusive a dona Maria Sacchi.
Escolha do Padroeiro: No dia 19 de março de 2005, foi escolhido por eleição como Padroeiro da comunidade, um Santo muito popular e mártir: Santo Expedito! A Comunidade ganhou da Matriz uma imagem deste santo que pertencia à antiga Capela de São Benedito.
Mutirões: Os “mutirões” fizeram parte da história de muitas de nossas comunidades. Na Comunidade Santo Expedito não foi diferente. Em 2005, foi inaugurada a cobertura do pátio da capela com uma Missa, presidida pelo padre Marcos Roberto (SVD) com a participação de centenas de pessoas. A cobertura foi fruto da ajuda do Conselho Econômico Administrativo (CEA), interesse do padre Valdir e mão de obra da comunidade, através de mutirão.
Nossas lembranças: Muitas pessoas fizeram parte de nossa comunidade, colocando-se a serviço da fé e vida. São elas: dona Alice, dona Irene Benedita, dona Germana, dona Gerogina, sr Cornélio, Nazareno, Ramon e os casais: Paulinho e Lurdinha, Onofre e Maria, Carlinhos e Maria Lúcia, e tantos outros que por aqui passaram. Apesar das dificuldades, a comunidade vem desenvolvendo o seu trabalho pastoral, celebrando a “vida” e continuando a promoção das tradicionais festas: da Criança, do Natal, almoços de confraternização, cafés da manhã.
Atualmente, centenas de casas construídas próximas do cruzeiro, o esconderam. Há alguns anos. Uma outra cruz foi instalada num local próximo.
Eis aqui alguns versos da poesia “Morro do Cruzeiro”, trabalho feito pela saudosa grebalista e participante da comunidade, Alice Efigênia Figueiredo.
“Digo então com emoção, num abraço fraternal:
vivam todos moradores do meu Morro do Cruzeiro,
em especial à criança, que representa o futuro
que é a própria esperança”.
Texto elaborado pela CEB Santo Expedito
Revisão jornalística, Vagner Mattos
Expedito era um soldado romano que levava uma vida de excessos até se converter e começar a ser perseguido por seguir os passos de Jesus Cristo. Santo das causas justas e urgentes, Expedito conseguiu converter vários soldados e no dia 19 de abril foi morto. Por esse motivo, dia 19, é celebrado o dia de Santo Expedito.
"Hodie", palavra derivada do latim que significa "Hoje", essa é a palavra que simboliza o santo, já que representa o agora. De acordo com o professor Anderson Santos, um certo dia o santo sonhou com um corvo pedindo para adiar a conversão, mas o santo disse que não, que seria agora. "Conta-se a história que ele [Santo expedito] não deixa as coisas para amanhã, ele faz hoje. No pé da imagem, existe a palavra hodie, palavra em latim que significa hoje. Além disso, o nome dele significa rápido e enviado rápido.As pessoas criaram essa ligação com a palavra e com a questão dele ser urgente, elas atribuem milagres ao santo e que esses milagres acontecem instantaneamente", explica.
Conheça a história de Santo Expedito:
Expedito passou a seguir os passos de Cristo quando era soldado romano. Quando estava próximo de se converter teve um sonho em que um um corvo grasnava "cras". Essa palavra em latim significa "amanhã". Expedito interpretou o sonho como uma tentativa de fazer com que ele adiasse sua conversão, então, ele pisoteou o corvo e disse "hodie", que significa "hoje" em latim. Ao acordar Expedito resolveu que se tornaria cristão no mesmo dia. Por isso, a ele é atribuído o santo das causas urgentes e impossíveis.
Santa Missa - 2° Sábado do mês às 19h30min.
Celebração da Palavra:
1º,3º,4º e 5º Sábado do mês às 19h30min.
Último domingo do mês: Adoração ao Santíssimo Sacramento às 18h30min.
Endereço: Rua Antônio Saúde, nº 121, bairro Morro do Cruzeiro - Barra Mansa - RJ
