HISTÓRIA DA CEB SÃO MATEUS, BAIRRO JARDIM PRIMAVERA
Nos 80 e 90 existiam Grupos de Evangelização na Base nos bairros Jardim Primavera e Sampaio. Eles se reuniam nas casas para reflexão, animados por pessoas do bairro que participavam, na CEB São Francisco de Assis, bairro Nova Esperança. As crianças eram catequizadas nas Comunidades Eclesiais: Santa Clara; São Pedro e São Francisco de Assis, inclusive os adultos, também participavam da catequese destas comunidades e na Matriz de São Sebastião.
Primeiramente, a ideia de criar uma comunidade eclesial no bairro Jardim Primavera foi do padre Gígio Benjamim (SVD), em 1987, com a intenção de favorecer a participação das pessoas do próprio bairro, mas não teve efeito naquela época.
Em julho, de 1998, após uma celebração na Comunidade Eclesial São Francisco de Assis, um grupo de pessoas resolveu conversar sobre a necessidade de criar uma comunidade eclesial no Jardim Primavera. Esta conversa aconteceu, quando eles voltavam para suas casas.
Jane Guilherme Sales; Jandira da Silva Guilherme; Carlos Antônio; Maria do Carmo Bonifácio; José Nascimento Cruz; Neuza L.A da Cruz e Wandair decidiram marcar para um sábado, outro momento para que continuassem a conversa na garagem de Wandair. O mais interessante é que além dessas pessoas, outras compareceram entre elas: Salete Pinto; Joaquim Pinto de Andrade; José Paulo; Doralice Costa Silva; Oleir Pimentel Fonseca; Américo Silva; Simone Souza e Benedita Cleide Ribeiro. Ao terminar a reunião todos se comprometeram em abraçar a missão e fortalecidos pelos laços fraternos foram em busca de novas pessoas.
Um gesto concreto, de grande importância foi uma pesquisa consulta realizada em todas as casas (católicas ou não) dos bairros para saber o grau de interesse para o nascimento de uma comunidade. O resultado foi tão satisfatório que alguns se responsabilizaram em levar a novidade para o pároco da época, padre Benito Falqueto (SVD), que também aprovou a ideia. O grupo se animou mais ainda pela força de líderes comunitários, através do Conselho Pastoral Paroquial.
No dia 20 de setembro de 1998, às 9h, muitas pessoas se reuniram para celebrar agradecendo a Deus pela comunidade que nascia. Foram celebrantes: José Nascimento da Cruz e Jane Guilherme Sales. Houve a participação do Sr Américo Silva e dos comentaristas: Salete Andrade; Benedita Ribeiro e Rosangela Rodrigues. Esta e outras celebrações e reuniões aconteceram até 13 de fevereiro de 2000, na garagem da casa da Sônia Gentil e Paulo Gentil.
Doações de cimento e cal foram feitas. As cadeiras foram doadas pela Comunidade Eclesial Mãe, São Francisco de Assis. Além das celebrações acontecia o Estudo Bíblico, animado pela saudosa, dona Zilda, os encontros dos GEBs, nas casas, a Catequese das crianças, na Escola Humberto Amaral; os encontros do grupo de jovens, na Associação de Moradores e o ensaio de canto, no terraço da casa de Jorge Gulherme.
No dia 6 de dezembro de 1998, padre Benito presidiu a primeira Missa em 7 de fevereiro de 1999 e foi realizada a primeira Assembleia Comunitária, onde foram eleitos os primeiros coordenadores: José Nascimento da Cruz; Maria do Carmo Bonifácio e Joaquim de Andrade. Cinco meses depois foi escolhido o Padroeiro: São Mateus com 85% dos votos. Entre os indicados estavam: São Lucas e São Benedito.
Com o tempo a comunidade foi enfrentando dificuldades por falta de espaço, pois a garagem ficou pequena para a participação das missas e celebrações. Muitas pessoas ficavam do lado de fora, protegendo-se do sol e da chuva com uma lona, a tal ponto que certa vez a água acumulada atingiu as pessoas: “Bendita chuva!”, dizia Neuzinha. Padre Benito, diante da situação, notificou a coordenação do CEA (Silas e Cornélio) que se interessou pela compra de um terreno com um salão na Rua Mário Francisco de Andrade, nº 21 com esquina para a Rua Olavo Bilac.
Em fevereiro de 2000, foi inaugurado o novo salão que serviu para muitas atividades como: Coroação de Nossa Senhora; Celebração de 15 anos, entre outras. A comunidade guarda em sua memória as atividades: encontros de espiritualidade; Festas do Padroeiro com Tríduo; Missa e Procissão; Novenas de Natal; Confraternizações; Procissão de Corpus Christi; Festival de Bandas; Shows de Calouros; Chá das Mulheres; Retiro de Espiritualidade, no sítio do Verbo Divino; Ceias de Natal Comunitário, na Rua e tantos outros eventos.
Vale lembrar, da Comunidade Mãe Adotiva, Santa Clara, através de pessoas que foram grandes missionárias: o saudoso Pedro Santana e Izabel Campos, aos quais vinham ensaiar cânticos e exercer outras atividades.
Com o salão ainda pequeno, padre Valdir Piatti (SVD) e o senhor Antônio Magno (CEA) decidiram enfim construir a igreja de São Mateus. Entretanto para dar início às obras o salão precisava ser demolido. Vendo as dificuldades do espaço, o casal José Pereira da Cunha e Celita Maria Gonçalves ofereceu o terraço de sua residência para a comunidade usar de outubro de 2004 a 17 de setembro de 2006. O início das obras foi em 9 de agosto de 2005 e já se pode visualizar uma estrutura ampla e bonita. A parte térrea do salão comunitário, hoje é o local para as atividades litúrgicas e pastorais da comunidade: Batismo; Catequese; Grupo de Jovens da PJ; Liturgia; Dizimo; Pastoral da Criança, Esperança; Estudo Bíblico e os dois GEBs nas casas. José Afonso Fidelis; Daniel de Souza e José Maurício fizeram parte do colegiado da comunidade.
Atualmente a comunidade faz a sua história com dificuldades a vencer e desfruta de vitórias alcançadas, pois a fé em Cristo, anima, dá força e coragem. Dar razões para a esperança e para reaprender a sonhar juntos com fé madura para conquistar os afastados, são os desafios atuais. E a história continua... São Mateus, apóstolo e evangelista, rogai por nós!
(Texto elaborado com apoio de Jorge Guilherme; Salete; Neuzinha; Zezé; José Afonso; José Maurício; Daniel; Jorge Guilherme e Lais Borges).
Revisão jornalística: jornalista Vagner Mattos
Biografia de São Mateus
São Mateus foi um dos doze apóstolos de Cristo. É o autor do primeiro dos três evangelhos sinóticos, os outros dois são de Marcos e Lucas. No Evangelho, Mateus apresenta Jesus com o título de Emanuel, que significa “Deus está conosco”.
Mateus, também chamado de Levi é filho de Alfeu conforme os Evangelhos de Marcos e Lucas (Marcos 2,14) (Lucas 5, 27).
Antes de ser chamado para seguir Jesus, Mateus era um coletor de impostos do povo hebreu, durante a dominação romana.
Por ordem de Herodes Antipa, ele estava alocado em Cafarnaum, uma cidade marítima no mar da Galileia, na Palestina.
Apóstolo de Jesus
Seu primeiro contato com Jesus se deu enquanto estava trabalhando: “saindo daí, Jesus viu um homem chamado Mateus, sentado na coletoria de impostos, e lhe disse”: “siga-me!” Ele se levantou e seguiu Jesus. (Mateus 9, 9).
“Depois, Mateus preparou, em sua casa, um grande banquete para Jesus”. “Estava aí uma numerosa multidão de cobradores de impostos e outras pessoas, sentadas à mesa com eles.” (Lucas 5, 27-28-29).
Como Mateus era coletor de impostos, uma ocupação desprezada pelo povo judeu, os fariseus criticaram Jesus ao vê-lo à mesa com os publicanos e pecadores. O Mestre respondeu: “Não vim chamar justos, mas pecadores ao arrependimento”. (Lucas 5,29)
Evangelho de Mateus
Denominado de “Primeiro Evangelho”, logo no início, Mateus apresenta Jesus como o Mestre que veio realizar a justiça. Relata a morte e a ressurreição de Jesus.
Seu evangelho é organizado em “cinco livrinhos”, cada um contendo uma parte narrativa seguida de um discurso, que reúne e explica o que está contido nas narrativas.
O nome de Mateus aparece sempre na relação dos 12 primeiros apóstolos de Cristo, geralmente ao lado de São Tomé.
Entre as citações consta uma ordem de Jesus: “Os onze discípulos foram para a Galileia, ao monte que Jesus lhes tinha indicado. Quando viram Jesus, ajoelharam-se diante deles. Ainda assim, alguns duvidaram”.
Então, Jesus se aproximou e falou: “Toda a autoridade foi dada a mim no céu e sobre a terra”.
“Portanto, vão e façam com que todos os povos se tornem meus discípulos, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, e ensinando-os a observar tudo o que ordenei a vocês”.
“Eis que eu estarei com vocês todos os dias, até o fim do mundo”. (Mateus 28, 16-17-18-19-20).
Pregação
Apóstolo e Evangelista, a tradição relata a pregação de São Mateus na Judéia durante 15 anos, depois de haver percorrido grande parte da Etiópia e Pérsia.
Fora do Evangelho, segundo Eusébio de Cesaréia, em sua “História da Igreja”, a única referência a respeito de Mateus é uma citação do bispo Papias de Hierápolis, do século II.
Da sua atividade após o Pentecostes, se conhece somente as páginas do seu Evangelho, primitivamente redigido em aramaico.
Martírio e morte
Existem várias versões sobre sua morte. Uma delas é que teria morrido na Etiópia apedrejado, decapitado e queimado, defendendo Santa Ifigênia.
Suas relíquias teriam sido encontradas em 1080, e levadas para a cidade italiana de Salerno, onde até hoje se encontram e são consideradas pelos mais crentes como verdadeiramente do santo.
A Igreja Romana celebra sua festa em 21 de setembro, e a grega em 16 de novembro. O símbolo de São Mateus como Evangelista é o anjo.
Santa Missa - 4° Domingo do mês às 09h30min.
Celebração da Palavra - todos os Domingos às 08h.
Endereço: Rua Mário Francisco de Andrade, nº 21, bairro Jardim Primavera - Barra Mansa - RJ
