A primeira Missa da Solenidade da Assunção de Maria, não presencial, em 16 de agosto, na Matriz de São Sebastião, foi presidida pelo padre Ozanan Carrara (SVD). A Pastoral Familiar Paroquial animou a liturgia e encerrou a Semana Nacional da Família. Na meditação ao Evangelho, padre Ozanan comentou sobre a Assunção de Maria.
- A Festa da Assunção de Nossa Senhora nos coloca algumas questões para nossa reflexão das leituras de hoje. Maria simboliza a caminhada do povo de Deus para que o projeto de Deus se realizasse. Ela é aquela que dá o sim de maneira definitiva para que o projeto de Deus siga adiante. A história da salvação começou com Abraão que deixou tudo para que se realizasse a palavra de Deus. Maria é aquela que eleva a um ponto mais alto, ao colaborar a partir de sua confiança, na palavra de Deus para que o projeto se realizasse. Por isso, aquela bem aventurança diz: bem aventurada aquela que acreditou, se refere em primeiro lugar à pessoa de Maria, porque ela é aquela que por sua confiança na palavra, dá o sim incondicional ao projeto de salvação. É por isso que ela também nos precede na glória, nesse encontro definitivo com Deus, a partir da sua efetividade, de quem participa da história da salvação, levando a plena realização. A primeira leitura de hoje, ressalta a imagem da mulher que estava para dar a luz a uma criança, e um dragão aparece, prestes a devorar essa criança. Isto simbolizou a luta do povo de Deus para fazer acontecer na história o projeto de Deus. O povo de Deus se deparou com os projetos dos reinos deste mundo que pensavam em controlar, colocar limites e desviar o projeto de Deus para que acontecesse os projetos dos homens. Naquela época, o dragão simbolizou o império romano, mas hoje, podemos ver o dragão e suas forças em muitos outros meios e sinais como: a ambição humana, o desejo do poder e riqueza através dos recursos da natureza. Tudo isto é uma negação ao projeto de Deus. Sofremos as consequências dos maus tratos a natureza, através da pandemia do Covid-19. Será que aprendemos alguma coisa? Talvez pouco, porque continuamos a poluir, a desmatar com as queimadas e destruições, o que recai sobre nós mesmos. Não aprendemos, não queremos ouvir e por isso continuaremos pagando o preço da destruição contra a criação de Deus. O projeto de Deus passa por uma reviravolta em nossa mentalidade e ao modo de percebermos as coisas. Maria proclama isto no canto do Magnificat. Deus inverte as coisas, porque o projeto de Deus é uma outra lógica. Deus confia em pessoas dispostas e de coração aberto e generosas. É preciso aprender a ouvir que a redenção da humanidade não passa pelo poder dos homens, nem pela lógica humana, mas é preciso uma conversão a lógica e a maneira de Deus agir - destacou padre Ozanan.
No final da Missa, padre Ozanan conduziu a Oração a São Sebastião.
Vagner Mattos
