A Missa de Corpus Christi da Paróquia São Sebastião, Barra Mansa, foi presidida pelo padre Renê de Oliveira (SVD), concelebrada pelos padres: Joby Joseph (SVD) e Wilson Feitosa com a participação do diácono Antônio Magno, em 30 de maio, reunindo milhares de fiéis das 30 comunidades eclesiais de base, Diocese de BP V.Redonda. Na meditação ao Evangelho, o padre explicou o sentido da Festa de Corpus Christi, desde o Século 13, além da essência da Eucaristia de Cristo para a vida do ser humano.
“Celebramos a grande festa e ação de graças, pelo seu coração, lugar de encontro e de partida para missão de todos os seus filhos e filhas: a Sagrada Eucaristia. O sacramento que nos alimenta espiritualmente no sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo. O dia exato de celebrar a Eucaristia, é na quinta-feira Santa, que é a última Ceia do Senhor com seus discípulos. Desde o Século 13, a Igreja transferiu exclusivamente a celebração da Instituição da Eucaristia para a primeira quinta-feira, após a Festa da Santíssima Trindade. No Século 13, porque naquela época as comunidades cristãs colocavam em dúvida, se de fato a presença real de Jesus Cristo continuava, no pão e no vinho consagrados ao final da celebração da Eucaristia. Muitos católicos entendiam que com a dissipação da comunidade, ao final da Missa, extinguia também a presença real de Jesus Cristo, na Eucaristia. Para enfatizar que Jesus Cristo continua realmente presente na Eucaristia, a Igreja incentiva as Procissões de Corpus Christi e isto pegou ao longo do tempo, o que fazemos até hoje. Para nós católicos a Eucaristia é presença real de Nosso Senhor Jesus Cristo. Seu corpo na forma de pão ressuscitado, seu sangue na forma de vinho para nos enibriar com as alegrias do Reino dos Céus, de maneira que todas às nossas necessidades de seres humanos, sejam saciadas com a comida e bebida da eternidade. Todo e qualquer ser humano precisa do pão de cada dia. Para isto temos que trabalhar, suar a testa e queimar a pestana para ter o pão em nossas mesas. Mas não para por aí. Temos sentimento, e precisamos de um alimento que possa iluminar nossa inteligência. Precisamos de um pão e de uma bebida. Jesus Cristo se faz pão e se faz comida. Este é o corpo, tomai e comei, este é meu sangue, tomai e bebei. A Sagrada Eucaristia tem quatro pilares quando celebramos ao redor do altar. A Eucaristia é um banquete em que todos se sentam ao redor e ninguém é maior que ninguém, pois Jesus senta-se ao meio. Quando nos reunimos, não existe separação, porque somos todos iguais e nem a separa, não existe divisão ou discriminação de pecadores ou não pecadores, bons e maus. Somos todos irmãos, e o banquete celestial é aberto a todos. A participação nesse banquete não é um merecimento. Não é feito para aqueles que merecem, senão a igreja estaria vazia, isto porque temos muito que crescer. Somos todos pecadores, mas ao nos alimentarmos da Eucaristia, saímos daqui muito melhores do somos e estamos. A Eucaristia remete a vida toda de Nosso Senhor Jesus Cristo, e seu sacrifício de nos ensinar animar e amar a todos, e inclusive os nossos inimigos, daquele que não nos toleram, não gostam da gente. Na Eucaristia celebramos o sacrifício de Jesus Cristo que nos amou. Devemos atualizar este sacrifício nos amando uns aos outros, superando o sentimento de superioridade ou de inferioridade, de espalhar mentiras e fake News. É preciso fazer o sacrifício pelo outro/a. Na celebração da Eucaristia fazemos memória e atualização do amor do Senhor por nós. Ao fazermos memória, estamos dispostos a trabalhar pela causa de Cristo. Apesar de tudo temos que agradecer a Deus por tudo que faz e fez por nós. Celebrar é sempre viver um com o outro. Eucaristia é Comunhão. Ao comungar levo o Cristo para dentro de mim mesmo para fazer o que ele fez”, salientou padre Renê.
Vagner Mattos
