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Missa da Memória em homenagem a Dom Waldyr e aos operários: William; Barroso e Valmir: “Dom Waldyr, ontem, hoje e sempre!”

A Missa em Memória de Dom Waldyr, em 9 de novembro, no Ano do Centenário, e em homenagem aos operários William, Barroso e Valmir, foi presidida pelo padre Renê de Oliveira (SVD), concelebrada pelos padres ordenados por Dom Waldyr: José Vidal; Gildo Nogueira e Clésio Vieira, com a participação do diácono permanente, José Roberto, Paróquia São Sebastião, Barra Mansa, Diocese de BP. V.Redonda. Na procissão de entrada, foram destacadas as pessoas que conviveram com Dom Waldyr e símbolos relacionadas a caminhada do Bispo dos Pobres, dos Jovens e dos Operários. Na meditação ao Evangelho, padre Renê destacou a atuação de Dom Waldyr e abriu espaço para os padres comentarem.

“Recordo duas dimensões de Dom Waldyr, uma delas é a Espiritualidade, ele não passava um dia sem rezar, pois sofri um acidente e ele me acolheu. Na véspera, da minha cirurgia, ele me perguntou se eu poderia presidir uma Eucaristia. Essa era sua relação com Deus e as pessoas, principalmente com os pobres, marcados por ele: os operários das fábricas, também os trabalhadores do campo, como na ocupação da fazenda do Salto, em Floriano, quando intermediou conflitos entre os poderosos e os oprimidos, sempre é claro, na perspectiva e esperança dos oprimidos. Desde 1986, tive a oportunidade de conviver com Dom Waldyr, ou seja: 47 anos”, disse padre José Vidal.

“Conheci Dom Waldyr a partir de 1971. A primeira notícia que tive sobre ele era para não me aproximar dele, porque ele era comunista. Ele apoiava as comunidades eclesiais, círculos bíblicos do CEBI, do frei Carlos Mesters, as irmãs, os leigos e assim foi possível avançar, em tempos de ditadura militar. Dom Waldyr apoiava as minorias e não fazia aliança com os poderosos, mas com os pequenos. Um homem de fibra, que se solidarizou com os pobres, pois viu a imagem de Jesus nos pobres”, ressaltou padre Gildo.

“Dom Waldyr era um homem singular e a espiritualidade foi fundamental em sua vida. Sua sensibilidade social, era impressionante com os mais pobres, porque se preocupava com aqueles que mais precisavam, e tinha um profundo respeito pelas pessoas, uma pessoa extremamente humana. Era um profeta, nos deixou esse testemunho, várias vezes passou por momentos de perigo de risco de morte, devido sua posição a favor dos pequenos, um homem coerente, vestia-se simples, não tinha vestimentas luxuosas. Um profeta que guardo em meu coração”, destacou padre Clésio.

“Que bom que podemos partilhar estas experiências de Dom Waldyr. Obrigado aos padres por seus testemunhos que nos enriquecem e fortalecem”, agradeceu padre Renê.

No fim da Missa, foi inaugurada a placa em homenagem a Dom Waldyr. A Câmara Municipal de Barra Mansa entregou um diploma em reconhecimento a Dom Waldyr pelo seu centenário.

Vagner Mattos