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Missa Afro na Matriz de São Sebastião, Barra Mansa: “ Tudo tem Axé. Tudo tem vida. Tudo tem a presença de Deus, porque Deus é criador. Somos todos filhos e filhas de Deus”

A Missa Afro na Matriz de São Sebastião, Barra Mansa no Dia Nacional da Consciência Negra, em 20 de novembro, foi presidida pelo padre Wilson Feitosa (SVD). Na meditação ao Evangelho, o padre ressaltou a luta do povo negro e a resistência de Zumbi dos Palmares e dos Quilombos.

“Celebrar o Dia Nacional da Consciência Negra é celebrar a superação diante dos obstáculos. É a nossa fé que o nosso Deus nos faz superar tudo: as desigualdades sociais, o racismo e o preconceito. A Consciência Negra deve ser celebrada todos os dias, isto porque ela não tem cor. É Deus que nos dá a dignidade. Ninguém é diferente de ninguém. Somos todos iguais. Deus nos fez irmãos. Não podemos nos vitimar, porque estamos celebrando a história da superação das desigualdades deste país, vivida pelos pobres, excluídos, negros e índios que são perseguidos e oprimidos. Na primeira leitura de hoje, vimos que um governante abusava do poder e maltratava a população e o povo soube resistir a essas crueldades. Cada denominação religiosa tem uma maneira e uma cultura de venerar Deus. Temos que respeitar e aceitar todas as diferenças. O Quilombo de Palmares acolhia todos: negros, brancos, pobres, miseráveis, pessoas desprezadas pela sociedade. É acolher os oprimidos e os pobres, conforme Jesus nos ensinou. Zumbi de Palmares, foi um líder, criado por um padre que o ensinou a superar e a resistir diante dos desafios da luta do povo negro. No Brasil a luta da Consciência Negra é diária. A luta de Zumbi é a liberdade. Não podemos ficar parados e aceitar tudo, sermos enganados por falsos profetas que querem destruir a nossa dignidade. A fé dos quilombolas, dos negros é em Deus criador, e de igualdade. Quando nos encontrarmos com Deus ele não vai ver a cor de ninguém. Os valores negros são imprescindíveis e interculturais, pois eles assumem e viviam o sentido comunitário. Tudo tem axé. Tudo tem vida. Tudo tem a presença de Deus, porque Deus é criador. Somos todos filhos e filhas de Deus”, disse padre Wilson.

No ofertório inculturado foi destacado com os frutos da terra e do trabalho do povo negro, além dos alimentos não perecíveis doados na Missa.

No fim da Missa, Nossa Senhora Aparecida, foi homenageada com o canto e dança “Negra Mariama” com a participação de agentes da Pastoral Afro e do grupo Abadá Capoeira que conduziram à imagem de Nossa Senhora Aparecida, ao altar.

Vagner Mattos