O segundo dia do 11º Encontro Nacional de Fé e Política, realizado em 12 de julho, no IFRJ (RN), Arquidiocese de Natal (RN) começou com oração da manhã, destacando o Protagonismo das Mulheres e Mártires da Caminhada. Diversas mulheres vítimas da violência no Brasil e no mundo foram lembradas. As discussões do dia foram divididas em três mesas temáticas simultâneas: Democracia, Poder e Religião, assessoria de Cesar Sanson e Natália Bonavides; Políticas Públicas, Direitos e Participação Popular, assessoria de Iris de Oliveira; Márcia Carvalho e Maurício Abdala; Alternativas Sociais e Práticas do Bem Viver, assessoria de Ivo Poleto e Roberto Silva.
- O poder capitalista quer destruir ou subordinar populações e nações. Não podemos aceitar. Resistir é a nossa força assim como dos povos indígenas, apesar de todo o colonialismo ao longo de mais de 500 anos, eles permanecem vivos mantendo suas tradições e costumes - ressaltou o assessor do grupo, Alternativas e prática do Bem Vier, Ivo Poleto.
- Para sobreviver o capitalismo tem que acabar com outras formas de viver em sociedade, utilizando o fascismo cuja lógica é o valor econômico, o lucro a qualquer custo. Parece não haver alternativas frente ao neoliberalismo, mas a resposta nós temos que dar, continuando nosso trabalho de educação popular nas comunidades - comentou o assessor Roberto Silva.
O patrono da Escola de Fé e Política de Natal, padre Sabino Gentilli, foi homenageado com um momento de apresentação da Orquestra Sinfônica da cidade. No segundo momento do dia, os participantes se subdividiram em dez grupos de trabalho. No grupo com o tema: Economia Solidária e Bem Viver: alternativas dos setores populares, representantes da Paróquia São Sebastião apresentaram ações como da Comunidade Dom Waldyr, Projeto Comunidade Educadora, Capoeira, Creche Padre Adalberto e Associação das Senhoras de Caridade Santa Izabel, como referência em Barra Mansa.
- A Economia Solidária coloca o ser humano no centro da construção do saber, estabelece novas relações de trabalho, ao inverso da relação patrão e empregado; resgata a identidade libertária do trabalhador, não como escravo e subordinado ao poder com regras de morte - destacou o assessor Paulo Palhares.
Para encerrar os trabalhos foi realizado momento cultural com apresentação de dança de capoeira; teatro do Movimento de População de Rua de Natal e declamação de poesias.
Vagner Mattos
